Com lançamentos que já receberam a assinatura de AVOTRE, Purveyor Underground, Slightly Sizzled White e D-Edge Records, Gabriel Evoke vem colecionando suportes de de nomes como Santé, Bushwacka, Neverdogs e Paco Osuna, e firmando-se como um artista brasileiro referência dentro do Minimal House com uma assinatura diversa e criativa.
O artista gravou um mix exclusivo para a nossa plataforma e agora tivemos a oportunidade de conversar com ele, a fim de entender mais a fundo sobre sua trajetória e inspirações.
01 - Qual sua maior inspiração para produzir? Como é o seu processo criativo?
A minha maior inspiração é minha vontade de me expressar. De transformar a energia que estou sentindo, naquele momento, em música. Criar é muito bom, é viciante. Eu costumo usar as minhas manhãs para focar no meu trabalho em estúdio, é o momento do dia que estou com mais clareza e energia mental. Eu gosto de escutar algumas músicas, estudar referências e mapear o caminho que quero seguir, para ter uma direção e não me dispersar demais nas ideias. Sendo assim, começo minha track pelas drums, logo após o bassline, e aí a parte de synths, vocal (quando uso) e fx.
02 - Qual artista é o seu favorito no momento e porque?
É difícil mencionar apenas um, porque têm vários que gosto bastante. Mas, o alemão Kolter é um deles. Ele é um artista muito completo, dinâmico, com um ritmo de produção absurdo. Passeia por diversos gêneros sem perder a sua identidade. Fora da curva.
03 - Em que clube, festa ou festival você ainda sonha em tocar?
Eu trabalho para construir uma carreira internacional, então têm muitos lugares no meu radar que ainda pretendo tocar. Um club seria o Space Miami, acho a vibe do terrace sensacional. Uma festa a Hide & Seek, do Josh Baker (Inglaterra) e um festival o Sunwaves, na Romênia.
04 - Como você se prepara antes de uma apresentação? Existe algum ritual ou rotina que você segue para garantir um bom desempenho?
Eu costumo fazer um trabalho de pesquisa bem intenso, garimpo minha biblioteca musical, ouço lançamentos, busco conhecer novos artistas e preparo um setlist suficientemente completo para que não me falte nada na hora H. Independente da pista que eu pegar. Acontece bastante de você ir com uma ideia para sua apresentação e lá ter que recalcular a rota, até entender o público com mais precisão. Costumo chegar com pelo menos 1h de antecedência, para sentir a energia da pista e analisar qual direção vou tomar.
05 - Quais são os principais aspectos que você considera ao montar um setlist para uma apresentação? Como você equilibra suas escolhas entre músicas populares e faixas menos conhecidas?
Eu busco informações sobre o lugar que eu vou tocar, o tipo de público que frequenta e os DJs que costumam tocar. O meu horário de apresentação e com quem vou dividir o palco. Se eu sou o headliner meu som vai para um caminho, se vou entregar para outro, é outro. São várias as questões e meus sets podem variar bastante de um evento para outro. Em relação a músicas conhecidas, eu não me apego muito a isso, prefiro apresentar uma pesquisa mais aprofundada e trazer sons fresh para o meu público.
06 - Por fim, como você enxerga o papel do DJ e Produtor Musical na experiência da vida noturna e na cultura da música eletrônica em geral?
Eu vejo o DJ e o produtor como profissionais bem distintos, mas com funções interligadas. O produtor é um artista, no sentido de criador, estuda o mercado, tendências e, antes que muitos, entendem pra que lado a cena vai se direcionar. O DJ é um instrumento de canalização desses sons, é ele quem vê o que tem de melhor e propaga para as pistas. Ambos são fundamentais para que o mercado gire e se mantenha interessante.
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