Interviews #010 - Rizera

Beatsong Beatsong · پہلے 6 مہینے · 419 مناظر
Meu papel é transformar várias músicas em uma única apresentação, o show completo é uma experiência de sensações e emoções onde transporto a pessoa de um lugar para outro, se a música é conhecida ou não é totalmente irrelevante, o importante são as sensações e emoções, se foi bom, se fez a galera cantar, se tem gente chorando…
Interviews #010 - Rizera

Rizera é DJ e produtor musical. Sempre apresenta sets energéticos e dinâmicos com atitude e muito groove, linhas de baixo potentes e synths marcantes, fazendo a pista ferver mesclando vertentes de House e Techno.

O artista gravou um mix exclusivo para a nossa plataforma e agora tivemos a oportunidade de conversar com ele, a fim de entender mais a fundo sobre sua trajetória e inspirações.

01 - Qual sua maior inspiração para produzir? Como é o seu processo criativo?

Minha maior inspiração é o dia a dia, ela vem de uma música de outro gênero que ouço na rua ou na academia, de um vídeo aleatório que vejo nas redes sociais e até mesmo de um filme, inclusive minha track que mais gostei o vocal foi tirado de um filme de 2002 (testei ela no último rolê e foi sucesso, o lançamento será no segundo semestre). O que considero mais importante no meu estilo é o groove do low end, é ele que dá o ritmo, tira o pé do chão e faz a galera dançar, sempre digo que groove é quadril e swing é ombro, um bom groove faz a galera rebolar, se tem swing o povo delira e somado a um bom vocal a galera vibra, então 90% do meu processo criativo começa pelo groove do low end (kick e baixo - sub e médio) às vezes inspirado por ritmos do nordeste ou batidas de funk, inclusive é normal eu sentar no estúdio com a batida pronta na minha cabeça, a partir daí todo o resto da música, melodia, arranjo, precisa acompanhar esse groove. A única exceção é quando começo por algum vocal, então a melodia precisa complementar esse vocal e depois o restante em harmonia.

02 - Qual artista é o seu favorito no momento e porque? 

São muitos, mas cada momento de vida me aproxima mais de um artista ou de outro e o que encanta não é só a música, com o artista a gente se identifica principalmente com a pessoa, sem dúvida alguma o artista mais completo que já conheci é a Eli Iwasa, totalmente versátil, excelente feeling de pista, de House florido a Techno cavernoso ela domina muito, além de modelo gata e estilosa, é uma empresária foda. Temos outro artista muito brabo que é o Solomun, domina um long set como ninguém e sua gravadora só solta os cremes, excelente trabalho. E claro o Renato Ratier, toca muito, o álbum Ritual é expetacular e o que seria a cena sem ele? O Brasil precisa e merece mais artistas como a Eli e o Ratier!

03 - Em que clube, festa ou festival você ainda sonha em tocar?

Caos! Nunca vou esquecer da primeira vez que fui lá, que lugar sensacional, honra o nome, eu gosto é disso. Pau quebrando, galera vibrando, clube acessível à todos, democrático, popular, esse é o lugar. A música eletrônica precisa de lugares onde qualquer pessoa consiga ir, muitos clubes não são acessíveis pra galera, esse lance de parcelar ingresso no cartão não tá com nada, o povo precisa conseguir bailar todo fds! Viva o rolê!

04 - Quais são os principais aspectos que você considera ao montar um setlist para uma apresentação? Como você equilibra suas escolhas entre músicas populares e faixas menos conhecidas?

Meu papel é transformar várias músicas em uma única apresentação, o show completo é uma experiência de sensações e emoções onde transporto a pessoa de um lugar para outro usando partes de música, partes de vocais, de ritmos, de batidas e cantos para criar sons únicos que toquem as emoções do público, se a música é conhecida ou não é totalmente irrelevante, o importante são as sensações e emoções, se foi bom, se fez a galera cantar, se tem gente chorando…

Pra isso a primeira coisa é entender a festa, qual turma está produzindo, se tem alguma temática, qual a proposta do rolê, qual público se identifica com essa proposta, qual público costuma frequentar o evento, qual horário vou tocar, quem mais está no line e quem toca antes de mim, com essas informações é possível ter uma boa noção de como será o rolê e que público vai estar lá, a partir daí eu penso em qual linha de som pretendo seguir e faço uma seleção de músicas para esse evento, normalmente com o dobro do tempo que irei tocar, mas tanto na hora de tocar quanto durante a apresentação faço a leitura das reações na pista e mantenho a linha planejada ou mudo, já aconteceu de não tocar nada do que pensei. 

05 - Como você se prepara antes de uma apresentação? Existe algum ritual ou rotina que você segue para garantir um bom desempenho?

Primeiro toda música nova é importante tocar em casa e sentir ela antes de falar: essa é boa! Porque música se sente, só ouvir não basta. Então faço uma seleção do que quero tocar de acordo com a proposta da festa e procuro descansar nas horas antes do show, fazendo coisas mentalmente leves. Antes de subir no palco uma dose de vodca com red bull é de lei.

06 - Por fim, como você enxerga o papel do DJ e Produtor Musical na experiência da vida noturna e na cultura da música eletrônica em geral?

O Produtor Musical é o início e o meio, o DJ é o fim, todo o resto se dá em função disso. Essas duas figuras juntamente com o produtor do evento tem a responsabilidade de entender as pessoas para oferecer a experiência certa pra galera, pra chamar o povo e falar assim: olha isso que você nem sabia que não podia viver sem. Então o Produtor Musical precisa entender profundamente o ser humano, tem que ter sensibilidade emocional, para criar algo que vai tocar lá na alma da pessoa e fazer ela ter emoções e sensações importantes pra ela, seja de alegria ou de raiva, mas o importante é buscar essa emoção dentro da pessoa e ajudar ela por pra fora. E o DJ precisa entender do momento, precisa saber ver a cara do povo e falar: é essa que você quer! é essa que vai te tocar a alma e trazer sua emoção pra fora. 

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